segunda-feira, 25 de maio de 2009

EN PERSEGUIRME, MUNDO...


EN PERSEGUIRME...
- Epanhol



Juana Inés de Asbaje
*
(1648-1695)




Em perseguirme, Mundo, qué interesas?
En qué te ofendo, cuando solo intento
Poner bellezas en mi entendimiento
Y no mi entendimiento em las belezas.

Yo no estimo tesoros ni riquezas;
Y así, siempre me causa más contento

Poner riquezas en mi pensamiento
Que no mi pensamiento em las riquezas.

Y no estimo hermosura que, vencida,
Es despojo civil de las edades,
Ni riqueza me agrada fementida,

Teniendo por mejor, en mis verdades,
Consumir vanidades de la vida
Que consumir la vida em vanidades.



EM PERSEGUIR-ME...
- Português


Francisco Miguel de Moura**

- Tradutor






Em perseguir-me, Mundo, que torpeza!
Em que te ofendo, quando apenas tento
Por beleza no meu entendimento,
Sem por entendimento na beleza?

Não estimo tesouro nem grandeza;
E assim sempre me causa mais contento
Só por riqueza no meu pensamento
E não meu pensamento na riqueza.

Não quero formosura que, vencida,
És despojo civil pelas idades,
Nem riqueza me agrada, fementida,

E escolhendo melhor minhas verdades,
Consumir meu viver sem vaidades
Que consumir vaidades nesta a vida.


*Juana Inés de Asbaje, máxima exponente de las letras novo-hispanas, no século VII, no México,
também assinava Sor Juana Inés de la Cruz - Ela é, para o México, como Luís de Camões é para Portugal.
** Tradutor deste e de outros sonetos Sor Juana Inés de la Cruz, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí - email: franciscomigueldemoura@superig.com.br

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