O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) vai explicar à Comissão de Segurança Pública da Câmara sobre sua participação na "marcha da maconha", realizada no início de maio no Rio de Janeiro.
Ao sinalizar ser favorável à descriminalização da maconha para o uso pessoal no país, Minc defendeu ontem mudanças na legislação brasileira para que não haja punições aos usuários.
"Eu irei com alegria e satisfação [à Câmara] esclarecer a minha posição sobre esse problema, que aliás é muito parecida com a posição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com a posição do governador Sérgio Cabral [Rio de Janeiro] e de oito ministros de Estado que acham que a questão de droga deve ser tratada com uma questão de informação, prevenção e saúde pública. E não achar que o consumidor, o usuário, é um criminoso", afirmou.
Em seminário no início deste ano, FHC disse que descriminalizar não significa "tolerância" ao consumo da droga no país, uma vez que é necessário "quebrar o tabu que bloqueia o debate". Cabral, por sua vez, também defendeu uma ampla discussão sobre a legalização do consumo da maconha por considerar o aumento da violência consequência do tráfico da droga.
Minc foi convocado a se explicar sobre a sua participação na "marcha da maconha" a pedido do deputado Laerte Bessa (PMDB-DF). O parlamentar considera que o ministro fez apologia à droga ao pregar a liberalização da maconha durante a marcha.
No início de maio, cerca de mil pessoas participaram da marcha da maconha no Rio para defender a legalização do uso da erva no país. Minc acompanhou a marcha ao lado dos manifestantes, a maioria jovens, realizada na praia de Ipanema.
Fonte: Gazeta do Sul
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