sábado, 15 de agosto de 2009
AUTO-RETRATO
Francisco Miguel de Moura*
Poeta brasileiro
Olhos azuis do céu, puros, de monja,
Lábios grossos, mais alto um maxilar,
Se a boca fecha um bico faz-se no ar,
Mas quando ri, ri franco e sem lisonja
Nariz perfeito, o corpo em linha certa,
Louro dolicocéfalo, do bem,
Comum inteligência. Pra ninguém
Busca ser chato, pois tem alma aberta.
Leve d’alma e de corpo, ai como voa!
Se alguém o fere, sofre, mas perdoa,
Guarda as boas lições e o mal deplora.
Mas não é nenhum santo e não se acalma
Se alguém lhe nega a consciência e alma:
Mais feio fica, explode, e não demora.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, membro da IWA (Associação Internacional de Escritores e Artistas) - EUa
E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br
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