Francisco Miguel de Moura*
Quando acordo e me vejo pelo espelho
do meu quarto, a janela inda fechada,
nada do que já fui, nada do velho
me vem à frente. Onde perdi a estrada?
Sinto-me preso a um mundo que desaba,
sem graça, sem amor, sem segurança.
Não sei de onde é que vem a coisa braba,
se é por defeito meu, se é por vingança.
Tudo foge de mim. Onde está o homem?
O tórax sufocado pelo abdômen
e é tudo que me sobra do “eu” aflito.
Tento entender meus males, fecho o cenho,
mas não sei por que diabos me contenho,
sem forças de gritar...Retenho o grito.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, elogiado pela crítica especializada de norte a sul, inclusive pelo exímios sonetistas Hardi
Filho e Francisco Carvalho.
2 comentários:
Olá amigo,poesia fantastica, e seu blog é muito bom, e desde já quero dar-lhe os parabéns, Sou Antonio Batalha portugues e gostava de lhe fazer um convite: Tenho um blog Peregrino e servo, e se desejar fazer parceria me deixava muito honrado em tê-lo como meu amigo virtual, claro que vou retribuir. Obrigado e tudo de bom.
Vou tentar acessar sua página, se for possível me farei seguir dela.
Tenho outros blogs:
http://franciscomigueldemoura.blogspot.com
http://abodegadocamelo.blogspot.com
Obrigado pela visita e pelo comentário.
francisco miguel de moura
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