sexta-feira, 13 de julho de 2012

AINDA RESTAM CANÇÕES E FLORES

Francisco Miguel de Moura*


ainda restam canções e flores
quando a janela passa vazia
ainda restam vozes de amor
repondo-as dentro, ao pé da pia
lavando a boca na água fria
com olhos de sono e de remela
dos pesadelos e estertores

ainda restam palavaras livres
na cor melosa dos ditirambos
                
e na saudade das cicatrizes
o olho da rua tem seus fulgores
e o amor não morre suicida

ainda restam canções e flores

_____________________
* Francisco Miguel de Moura, poema para os desesperados do amor - há sempre uma esperança, basta esperar e ficar de olho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Há poemas que leio
e ficam martelando meu
coração
leio novamente
e acabam virando
uma canção
Poemas que me dão
vontade de ser poeta
este é um
mui lindo - poeta

Luiz Alfredo - poeta

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