Francisco Miguel de Moura*
ainda restam canções e flores
quando a janela passa vazia
ainda restam vozes de amor
repondo-as dentro, ao pé da pia
lavando a boca na água fria
com olhos de sono e de remela
dos pesadelos e estertores
ainda restam palavaras livres
na cor melosa dos ditirambos
e na saudade das cicatrizes
o olho da rua tem seus fulgores
e o amor não morre suicida
ainda restam canções e flores
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* Francisco Miguel de Moura, poema para os desesperados do amor - há sempre uma esperança, basta esperar e ficar de olho.
Um comentário:
Há poemas que leio
e ficam martelando meu
coração
leio novamente
e acabam virando
uma canção
Poemas que me dão
vontade de ser poeta
este é um
mui lindo - poeta
Luiz Alfredo - poeta
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