segunda-feira, 5 de agosto de 2013

À SOMBRA DO SILÊNCIO

 Francisco Miguel de Moura*




Soneto





À sombra do silêncio eu me arrepio
à sombra do silêncio me produzo,
à sombra do silêncio não me abuso,
à sombra do silêncio é que me afio.

À sombra do silêncio, eu constituo
a mesmice que a vida me concede,
à sombra do silêncio tenho a rede
que não ringe, e meu sonho continuo.

À sombra do silêncio eu me desnudo
do que tenho de mau, ai, não me iludo!...
Desprendida de tudo,a alma se aquieta.

À sombra do silêncio, podem crer,
vivo em paz, crio em paz e vou morrer...
Que a sombra do silêncio me completa.


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* Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, membro da  Academia Piauiense de Letras (APL) e da International Writers and Artists Association (IWA), Toledo,OH,Estados Unidos.

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