sábado, 27 de setembro de 2014

MESTRE

*francisco miguel 
de moura



mestre não fala
e brilha na escuridade
do dia-noite
de corpóreo traço
de afanada alma.

sai à frente
e cedo
sem ceder os pontos
não tem horas...
volta à solidão
desfaz o tempo
o ser, o próprio espaço.

e encantando a luz
confunde os céus e a glória,
retempera os mares.

é o recomeço, a história
e a dúvida e a certeza...
o mundo.

mestre não sou
não tenho
passo.

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*francisco miguel de moura, poeta e não mestre, mora em teresina-pi.

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