A
pessoa fala – a coisa se mostra
a
pessoa cala – a coisa não gosta
a
pessoa é livre – a coisa é composta.
Aposto
na pessoa - a coisa eu quebro
emendo,
remendo, requebro
(a
poesia em si chora)
mas
coisa não
manda,
explora
seu
lugar é
mostrar-se
o
que foi e o que nunca será.
A
pessoa
manda,
esquece, padece
a
coisa não manda – endoidece.
A
coisa o que é? Não existe
A
pessoa é, foi e persiste
A
pessoa semelha um deus
é
um pedaço que cai do céu.
A
imagem – que o diabo a esfregue
em
cacos, trapos, salamaleques.
---------------------
*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora no Piauí.
The.
08/06/2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário