Não precisa
fazer
lista de boas intenções
para
arquivá-las na gaveta.
Não
precisa chorar arrependido
pelas
besteiras consumidas
nem
parvamente acreditar
que
por decreto de esperança
a
partir de janeiro as coisas mudem
e
seja tudo claridade, recompensa,
justiça
entre os homens e as nações,
liberdade
com cheiro e gosto de pão
matinal,
direitos
respeitados, começando
pelo
direito augusto de viver.
Para
ganhar um ANO NOVO
que
mereça esse nome,
você,
meu caro, tem de merecê-lo,
tem
de fazê-lo novo. Eu sei que não é fácil,
mas
tente, experimente, consciente.
É
dentro de você que o ANO NOVO
cochila
e espera desde sempre.
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*Poeta brasileiro já
falecido, nasceu em Minas Gerais, é autor da mais consistente obra poética dos
últimos, mestre que foi de todos nós. Na poesia brasileira podemos dizer que já
existe um marco: antes e depois de Drummond.
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