sábado, 11 de agosto de 2018

INTERLAGOS - TROVAS PARA SOLON



                                JOSÉ SOLON REIS (foto)


Francisco Miguel de Moura*
      (Autor das Trovas)







Solon tem uma fazenda
Onde estivemos um dia,
Depois do café, a agenda,
E ele próprio de guia.

Eu e ele (e a Mécia ia):
Um passeio de encomenda,
Em tão calma companhia,
Aos dois lagos e à fazenda.

Nunca vi tanta beleza!
Juntos a gente descia
A trilha, que por surpresa,
Ninguém cair não caía.

Água fresca para o banho:
Como a gente se extasia!
Oh! tempo bom sem tamanho,
Sol nascente, um belo dia!

Se houvesse tempo pro banho,
Oh! A gente banharia!
Assim mesmo, quanto ganho
Vendo a água que escorria.


Em dois, o lago se abria
E os peixes...Quase eu apanho
Com a mão, que já tremia
Ao vento fresco tamanho!

Água limpa, sem arranho...
O morro ao longe extasia
E o cheiro da mata, o ganho
Que a fazenda oferecia.

Descrevendo seu amanho,
Perguntei por sapo e jia,
Das que saltam e, em rebanho,
Cantam de noite e de dia:

- “Só na noite sem tamanho...
E os pássaros vêm de dia,
Eles cantam com assanho,
Na madrugada mais fria.”

“Mais tarde vem o rebanho,
Todos cheios de alegria,
Buscando rações e amanho,
Trazendo cantos de orgia”. 

“Dias alegres... Que ganho!
Tão logo que rompe o dia!
Quando é noite já me apanho
Em Jaicós, minha guia”.

Agora mudo de rima,
Pra mostrar o passadiço
Que a gente salta por cima:
Facas cruzadas ou feitiço?

Não!... Era a paz que anima
A criatura...  E por isso,
Saltamos os três por cima,
Sem milagre, lembro disso.

Serviçal também havia
Pra fazer todo o serviço.
E uma porca que grunhia
E ao longe um cão bem roliço.

Na casa, cobra não ia
Por causa do passadiço
E da cerca que o seguia,
Pra não se furar no enguiço.

Bastante perigo eu via,
Mas enfrentei, dei sumiço.
Vencendo o perigo eu ia
Pisando o chão movediço...

De areia e pedra, era isso
Que no outro lado havia.
Na volta, não fico omisso,
O mesmo salta eu fazia.

No salto pra dentro atiço
O olhar na casa que havia,
Casa limpa por serviço
Do serviçal que o servia.

Agora, pra terminar,
Deixo a rima por enfado...
Sua viola foi tocar,
E nós ouvindo ao seu lado.

Tomamos cerveja e vinho,
Ouvindo o tom-poesia...
Sem precisar de adivinho
Pra predizer a alegria.

Maior alegria, a nossa,
Por tão doce melodia.
E, alegre, sem fazer mossa,
Parou...Voltar, quem queria!

O dia estava em metade,
Voltamos naquele dia
Para o almoço de verdade
Que ele mandava e servia.

Solon tem tão alta estima
Por fazer tudo o que faz...
Muito obrigado não rima,
Mas é o que a gente traz.

Parabéns, grande Solon,
Com estes versos na mão,
Por tudo o que faz de bom,
Por seu grande coração!...
                            
____________ 

*FRANCISCO MIGUEL DE MOURA, POETA BRASILEIRO, MORA EM TERESINA, PIAUÍ, BRASIL. SOU AMIGO INCONDICIONAL DE SOLON REIS DE SOUSA - POETA.






Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...