domingo, 28 de julho de 2019

Poema não-de-amor

Francisco Miguel de Moura,
poeta e prosador brasileiro*

Não faço poemas de amor:
meus versos são duros.

Duram como a pedra
e não brilham como o ouro.

Não faço poema a dois,
sou triste, à toa me assassino.

Meus poemas de amor, eu os vivi
- imagino  -  
e os matei instantes depois.
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Observação: Poema publicado em algum lugar que não sei onde, um momento de escárneo e de revolta. Se o publico agora é para mostrar que  não é só amor que os poetas vivem: vivem também suas amarguras.

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