O vento da espera
mina meus olhos de luz:
a tua mão joga no espelho
semeaduras da tarde.
não era o que deveria ser este afogamento
nessa fria água de silêncio
não era para bater essa música de vento
nesse longo beiral de solidão
não era para voltar este pensamento
nessa sua dura esfinge de tristeza
não era para ficar esta permanência
deste lembrar noturno e tão ferido
(do livro "Estações da Ausência")
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*Paschoal Motta, poeta mineiro, festejando a poeta Yeda Prates Bernis, oferecido através de seu e-mail, aos demais amigos (com autorização para passar à frente, inclusive publicar neste e-mail.
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