segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

 


IRONIAS

 

           Francisco Miguel de Moura*

 

 

Dois buquês de flores que forcejam

Sair do chão onde os cachorros mijam,

Simbolizam fugidos na noite

E que nela sumiram.

São mágoas paternais secadas,

Veladas mágoas por velozes vidas

Nadando na história.

 

Almas? Não sei se alçarão ao sol.

 

Entre visões a 99% consumidas,

Consumadas,

E agora tão velozes quanto o zero.

 

Flores murchas, galhos cor de barro

Quais lágrimas da flora industriada.

 

Almas, não sei se alçarão ao sal.

 

 ____________________                               

*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, sim senhor.

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