segunda-feira, 19 de outubro de 2009
PENA E PALAVRA
Francisco Miguel
de Moura*
A pena vale a palavra
lavada, lavrada
com música e sentido,
suor, doce harmonia.
Estranho som não soa
na escala da palavra:
A poesia sabe onde a sílaba,
o acento e a cor do ouvido,
de dentro para fora,
para o branco do papel a(o)lado.
Tudo que vem do íntimo
corpo dispensa a boca e o nariz,
não precisa de dentes,
língua seca ou molhada.
A fábrica de poemas é onde fica
o silêncio que se ar(risca).
E quando explode
lança as lavas da alma.
Soa mil e quinhentos milhas,
quinhentas vezes mil
em códice p(l)urificado.
____________
Crédito da imagem acima: web - google: http://letrasconfusas.blogspot.com
________
*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí.
E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário