Francisco Miguel de Moura
“A noite é um pássaro que vem do fim do mundo”
Anderson Braga Horta
Anderson Braga Horta
A noite não tem alma, nem estrela. É expurgo.
Desconsolado, odeio-a porque os homens dormem.
Dormir, dormir! Por quê? Escuridão enorme em
Campo livre a ser guiado por fero demiurgo.
Poeta de horas insones, traiçoeira é a noite
Entre poema e ânsia – para os outros, sonho;
Viram cinza as imagens dum vésper risonho
Em natimortos versos, ‘té que a luz te açoite.
Caminhar é tropeço, um raio acende os olhos,
Óculos de longo curso obscurecem mentes...
A noite já namora um pobre vagabundo.
Desvairado, anoitece o mundo em meus escolhos,
Um flagelo, uma dor... Purgação dos dementes!
“A noite é um pássaro que vem do fim do mundo”.
Desconsolado, odeio-a porque os homens dormem.
Dormir, dormir! Por quê? Escuridão enorme em
Campo livre a ser guiado por fero demiurgo.
Poeta de horas insones, traiçoeira é a noite
Entre poema e ânsia – para os outros, sonho;
Viram cinza as imagens dum vésper risonho
Em natimortos versos, ‘té que a luz te açoite.
Caminhar é tropeço, um raio acende os olhos,
Óculos de longo curso obscurecem mentes...
A noite já namora um pobre vagabundo.
Desvairado, anoitece o mundo em meus escolhos,
Um flagelo, uma dor... Purgação dos dementes!
“A noite é um pássaro que vem do fim do mundo”.
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*Francisco Miguel de Moura, escritor brasileiro, mora em Teresina, Piauí. Seu e-mail:
franciscomigueldemoura@superig.com.br
Visitem também os blogues: http://franciscomigueldemoura.blogspot.com
http://cirandinhapiaui.blogspot.com
Um comentário:
Que versos lindos! Se todos os insones se dedicassem a escrever sobre esses momentos de vigília, as noites seriam mais mágicas. Rita de Cássia Amorim Andrade
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