AUTORETRATO (Como eu me vejo)
Francisco Miguel de Moura*
Sou o que sou, por mais que o mundo queira
Minha igualdade a outro, ou bem melhor
No parecer, na essência ou no que for:
– Meu “eu” combina a vida verdadeira.
Não sei do que vai fora... Eu fico à beira
Dos que tentam me achar. Longe do amor
O que vem, volta – e volta já sem cor,
Por mostrar só vaidade, só cegueira.
Sonho e escuto o futuro com alegria,
Penso e leio e escrevo, a cada dia,
Canções, que à vida e à paixão dedico.
Poeta, sim, fui por todo o meu passado,
Mas hoje sou melhor, não estou cansado...
Eis Francisco Miguel de Moura, o Chico.
RETRATO
(Como os outros me vêem)
Francisco Miguel de Moura*
Sou o que sou, por mais que o mundo queira
Minha igualdade a outro, ou bem melhor
No parecer, na essência ou no que for:
– Meu “eu” combina a vida verdadeira.
Não sei do que vai fora... Eu fico à beira
Dos que tentam me achar. Longe do amor
O que vem, volta – e volta já sem cor,
Por mostrar só vaidade, só cegueira.
Sonho e escuto o futuro com alegria,
Penso e leio e escrevo, a cada dia,
Canções, que à vida e à paixão dedico.
Poeta, sim, fui por todo o meu passado,
Mas hoje sou melhor, não estou cansado...
Eis Francisco Miguel de Moura, o Chico.
RETRATO
(Como os outros me vêem)
Francisco Miguel de Moura*
Olhos azuis do céu, puros, de monja,
Lábios grossos, mais alto um maxilar,
Se a boca fecha um bico faz-se no ar,
Mas quando ri, ri franco e sem lisonja.
Nariz perfeito, o corpo em linha certa,
Louro dolicocéfalo, do bem,
Comum inteligência. Para alguém
Pode ser chato, mas de mente aberta.
Leve, em pesado corpo, ai como voa!
Se alguém o fere, fala mas perdoa,
Guarda as lições do bem, e o mal deplora.
Mas não é nenhum santo e não se acalma,
Se alguém lhe nega a consciência e a alma,
Mais feio fica, explode e xinga e chora.
Olhos azuis do céu, puros, de monja,
Lábios grossos, mais alto um maxilar,
Se a boca fecha um bico faz-se no ar,
Mas quando ri, ri franco e sem lisonja.
Nariz perfeito, o corpo em linha certa,
Louro dolicocéfalo, do bem,
Comum inteligência. Para alguém
Pode ser chato, mas de mente aberta.
Leve, em pesado corpo, ai como voa!
Se alguém o fere, fala mas perdoa,
Guarda as lições do bem, e o mal deplora.
Mas não é nenhum santo e não se acalma,
Se alguém lhe nega a consciência e a alma,
Mais feio fica, explode e xinga e chora.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piau, Brasil.
*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piau, Brasil.
Um comentário:
Gosto tanto do retrato quanto do autoretrato. O interior e o exterior do poeta, sem igual!
Muito prazer portanto.
Um grande bj querido amigo
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