quarta-feira, 4 de maio de 2011

O MAL DO SONETO

   
Francisco Miguel de Moura*

Quis achar o começo
E não cheguei ao fim...
Por que não desteço
Cada passo ruim?

Quis o verso que teço
E me saiu tão chinfrim:
Seu tom logo esqueço,
Se o poema é pra mim

Da roupa, tive o frio,
Da cama, o travesseiro,
Da mulher, perco o cio:
Acordei-me solteiro,

E é com dor e alegria
Que enterro meu dia.


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*francisco miguel de moura, poeta brasileiro, mora em teresina,pi

2 comentários:

Gisa disse...

Pelo menos há alegria em algum momento!
Um grande bj, poeta.

CHIICO MIGUEL disse...

Gisa,
Abraço grande de carinho pelo dia das mães, seus filhos têm muita sorte. Eu tenho muita sorte por sua amigo e tê-la como leitora.
Amém.Beijod
chico miguel de moura

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