sexta-feira, 29 de julho de 2011

S-E-I-O-S




SONETO




Francisco 
Miguel 
de 
Moura*






Teus seios virgens vêm me conquistando
O olhar e, enfim, espetam minha pele,
Quer ferva, gema, chore ou me enregele
 Na dança que executas caminhando.


Quem me dera contigo encontrar, quando
Teria o grande abraço de desvelos,
Sentiria teus pomos como uns selos
Sobre o meu coração, enfim, te amando.


Perdido por teu ser, teu colo eu sinto
De antemão e que vivo, pois não minto,
Sustendo-me, talvez, qual se sustentam


No poema de teu corpo os estribilhos:
- Estes teus seios que hoje me alimentam
E que amanhã saciarão meus filhos.


       
                 Teresina, 05 de julho de 2011.

_________ ***___________
P.S. Imagem colhida na internet, é uma Venus de Milo, reconstituída.

* Francisco Miguel de Moura, escritor brasileiro, é membro da  Academia Piauiense de Letras e da IWA - Associação Internacional de Escritores e Artistas (sigla em inglês).

3 comentários:

Gisa disse...

Sensual e cândido. Dualidade só possível pelos grandes poetas. Muitos bjs querido amigo

CHIICO MIGUEL disse...

É meu soneto mais recente. Sua avaliação é justo. Tendo um pendor para o sensual, sem deixar cair para a pobreza das palavras e dos sentimentos mais sadios.
Obrigado
beijos nas duas faces, tal com você me beijou na justa crítica.
abraços
chico miguel

CHIICO MIGUEL disse...

Gisa,
eu quis dizer mesmo foi ..."SEM DEIXAR DECAIR PARA A POBREZA DAS PALAVRA E PARA OS SENTIMENTOS MENOS SADIOS.
CHICO MIGUEL

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