todos os nomes desaparecerão
na voragem do tempo:
ferrugem, salsugem,
pedra, osso irredutível,
grão de poeira
como no vendaval desaparece
o tempo
a luz
a força
o céu
a dor
e
o espírito tão finito:
um fio do DNA descabelado
de deuses na partícula subatômica-mãe.
do tempo e da matéria consumidos
nada falta, nada sobra
somente a consciência sem memória
deuses! não restarão:
eles furtam, brigam, prendem, não soltam...
matam!
tão cientes de que morreriam de ciúmes
das almas soltas na completude
como prêmio
ficará unicamente o silêncio de Deus.
_____________________________* Francisco Miguel de Moura, poeta, contista, cronista, romancista e crítico literário, mora no Piauí, mas conhece grande parte do Brasil, inclsive tendo morado em Salvador e Rio de Janeiro.
3 comentários:
Parabéns...CHICO MIGUEL!!
Chico Miguel....ter sua amizade é um privilégio e honra.
Teu tempo é o que você deseja e sonha.
És um homem maravilhoso e Poeta sem igual!!
Eu te reverencio MESTRE....
Um caloroso beijo
amiga e fã
vera portella
Que poema lindo!!!
Obrigado.
Beijos!!
Voltei!
Este silêncio seira omissão??
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