segunda-feira, 17 de agosto de 2015

MESTRE

 francisco miguel de moura*


mestre quase não fala,
o brilha é na escuridade
do dia-noite
de corpóreo traço
de afanada alma.

sai à frente
e vai cedo e atrás,
sem ceder os pontos:
não tem horas...
volta à solidão,
desfaz o tempo,
o ser, o próprio espaço.

e encantando a luz
confunde os céus e a glória,
retempera os mares.

é o recomeço, é a história
e a dúvida e a certeza...
no mundo é sem mando.

poucos são mestres:
não sou, me liberto,
não tenho tempo
e passo...

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*Francisco Miguel de Moura – este poema não fez parte do livro “Poesia in Completa”, segunda edição, organizada recentemente. Por esquecimento.

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