domingo, 25 de setembro de 2016
A PRIMEIRA (Como se fosse a segunda)
Francisco Miguel de Moura*
Não sei se ela me veio por primeiro
Afeto de menina que se quer.
Está tão longe o tempo e seu mister...
O pensamento é um grande viajeiro.
Sei que era linda e tinha gosto e cheiro
Diferentes das outras. Nem sequer
Nos beijamos. Porém de longe o ser
Encontra o outro ser quando é inteiro
Em juventude, em luz, em força e mais,
Naquela idade em que se não tem paz
E quando a tem não tem impunemente.
Se foi amor, não sei. Sexo não foi.
Foi diferente. Ai como a vida dói
Por amor quando vem tão inocente.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro. E-mail:franciscomigueldemoura@gmail.com
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