José
Maria de Aguiar Ramos
(Do
livro inédito “Os Corifeus do Banco do Brasil”)
“Pensamos
em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de
humanidade, mais do que inteligência, precisamos de afeição e
doçura”. Chaplin
Biografia
Nasceu
em 16.06.1933, na bucólica
fazenda “Curral Novo”, data Jenipapeiro, cujo nome é derivado da
árvore que grassa em abundância naquela região, fundada em 1818
por seis baianos da família Rodrigues e dos quais descendem quase
todos os atuais habitantes do lugar. Quando Francisco Miguel nasceu o
lugar Curral Novo, data Jenipapeiro, pertencia ao município de Picos
- PI.
Jenipapeiro
foi elevado a povoado em 1935.
Emancipada
em 09.09.1960, por força da lei número 1.963 e só instalada em,
24.12.1960, e cujo topônimo atual é “Francisco Santos” - Piauí
e o gentílico é franciscossantense.
Tem
uma área territorial de 224 km2, numa altitude de 250
metros acima do nível do mar. Está na região fisiográfica do
sertão, microrregião homogênea de baixões agrícolas do Piauí,
tendo o burgo a posição geográfica à esquerda, à jusante do rio
Riachão.
A
latitude sul é de 6º 59’ 02” e longitude W Gr. é de 41º 10’
45”. O clima é tropical megatérmico, predominantemente quente,
úmido na estação chuvosa e árido e seco no restante do ano,
variando para mais ou para menos quente, conforme as estações
climáticas.
Sob o signo de gêmeos e da proteção da padroeira do município,
“Coração Imaculado de Maria”, cuja capela foi edificada em
1918, nasceu Francisco Miguel de Moura, primogênito
varão.
Conta-se
que em conseqüência da seca de 1932, a família do mestre Guarani
enfrentou miséria e fome, e o primogênito foi gerado, com sangue de
massa de macambira e mucunã e da sustança do mingau de farinha de
mandioca e macaxeira.
Foi
levado à pia batismal, em 1933, sob o dogma da fé católica, na
Igreja Matriz de Jaicós, a cuja paróquia Jenipapeiro pertencia na
época. Foram padrinhos os avós paternos: Feliciano Borges de Moura,
alcunha de Sinhô do Diogo, que faleceu em 14.03.1951, e Rosa Maria
da Conceição, em 20.06.1971.
Os
avós paternos geraram dez filhos (quatro homens e seis mulheres),
que, sem forçá-los, o Sinhô do Diogo botava na roça, igualmente,
todos os filhos, causando escândalo, porque as mulheres naquela
época eram apenas de casa, não saíam para trabalhar fora, mesmo
que fosse no roçado.
Os
avós maternos eram Francisco de Sousa Rodrigues (Chico Ana) e Maria
Rodrigues (Mariinha), descendentes daqueles Rodrigues que fundaram
Jenipapeiro, inclusive e principalmente “Mãe Ana”, bisavó
materna do comendador Chico Miguel.
Em
1934, nasceu a primeira irmã de “Chico Miguel”, Teresinha de
Jesus Moura; faleceu em 1969, na cidade de Picos, vítima de uma
cirurgia vesicular (colecistectomia). Casada, deixa enorme
descendência, hoje toda morando em São Paulo.
Em
1936, nasceu a segunda irmã, Maria, que morreu criança, e consta
também o nascimento da terceira irmã, em 1937, também com o nome
de Maria Josefa de Sousa, cognome de Mariinha, hoje, professora em
Francisco Santos (PI).
A
quarta irmã de nome Helena Josefa de Sousa, nasceu em 1942; casada,
é hoje, professora em Santo Antonio de Lisboa - PI, mas registra-se
também o nascimento de outro irmão homem, de nome José, que
faleceu criança.
Foram
um total de oito filhos - dois homens e seis mulheres, todos gerados
de Miguel Borges de Moura (Guarani), que nasceu a 18.05.1910, e
Josefa Maria de Sousa (Zefinha ou Zefa), nascido a 14.02.1909, ambos
já falecidos. O garoto Chico, mesmo com todas as regalias de
primeiro filho, criou-se magrinho e doentio. Que se dirá dos outros?
A metade morreu ainda pequenos, de “dentição” ou “doença de
menino”.
O
pai torna-se, ainda cedo, mestre dos irmãos e depois mestre-escola
por profissão e era um andarilho. Peregrinou por várias vilas da
região de Picos, tais sejam: Sussuapara, Bocaina, Aroeiras do Itaim,
Angico Branco dos Macedos, Carnaíbas, etc., começando pelos idos de
1939, e a tiracolo ia toda a família.
Improvisava
sob a sombra do juazeiro, ao derredor de uma tosca mesa no vaquejador
da morada, a turma de aprendizes do ABC e tabuada depois, às margens
do rio Guariba, abaixo da hoje cidade de Bocaina, o mestre Miguel
Guarani cultivava o plantio de alho e cebola, apesar do porte físico
franzino e frágil.
Em
1941/42, aos nove anos de idade, viajou o menino Chico com o pai
mestre Miguel, do Angico Branco a Jenipapeiro, ficaram na casa do avô
Sinhô do Diogo, por algumas semanas. E o neto Chico, bisbilhotando
nos alfarrábios do avô, lê “Cem Cartas de Amor” e livros de
contos e poesias de Casemiro de Abreu, Antonio Frederico de
Castro Alves, Antônio Gonçalves Dias, Manuel
Antonio Álvares de Azevedo e a Bíblia. Foi aí o despertar
para as letras, lendo e decorando esses poetas e algumas passagens
bíblicas. Só muito depois, no ginásio, dá-se seu encontro com os
poetas parnasianos e simbolistas Raimundo da Mota de
Azevedo Correia e Olavo Brás Martins dos Guimarães
Bilac. E mais recentemente com os modernistas Manuel
Carneiro de Sousa Bandeira Filho e Carlos Drummond de
Andrade.
Voltando
a 1.942: O mestre Miguel foi nomeado funcionário público municipal
na função de mestre-escola. Foi autodidata por excelência. Poeta,
violeiro e repentista muito conhecido e proclamado na região de
Picos e circunvizinhanças. Por perseguições políticos, na
administração do então governador, Dr. Rocha Furtado, foi
exonerado do cargo de professor do povoado Santo Antonio de Lisboa,
quando o mesmo faltava apenas seis meses para adquirir estabilidade
no emprego. Não foi readmitido e o cargo ficou impreenchido, vago
por muitos anos, por absoluta falta de quem o substituísse.
Advém,
assim, de colonos, famílias de lavradores e criadores, tanto pelo
lado paterno quanto pelo materno. Teve uma infância de sonhos e
ilusões, uma infância salutar. Aprendeu o bê-á-bá e a tabuada
com o pai; com ele também, aprendeu a manejar os implementos
agrícolas no cultivo da terra; e com a mãe, que não sabia ler e
escrever, as tarefas domésticas.
Com
as constantes perguntas curiosas de criança e as lições que
recebera da mãe, sobre Deus, o diabo, o pecado e o perdão
tornaram-se um catequista em matéria religiosa da Igreja Católica,
no Jenipapeiro e lugares por onde o pai perambulava como professor e
violeiro. Sua convicção era outra. Não aceitaria, em seguida, a
sugestão e vontade da família para estudar no seminário teológico
e ser padre.
O
contato com o sofrimento, o campo e a natureza de um modo geral, não
resta nenhuma dúvida, amalgamou severamente o ser e a linguagem de
Francisco Miguel de Moura. Avezou-se muito cedo com os livros. Herdou
do avô paterno, Feliciano Borges de Moura, Sinhô do Diogo, o hábito
da leitura e da escrita. Absorvia com sofreguidão tudo que chegava
às mãos: livros, jornais, revistas, cartas, calendários,
cartilhas, tabuadas, propagandas, prospectos, inclusive o livrinho do
Jeca Tatu, do remédio Biotônico Fontoura, etc.
Os
primeiros trabalhos, após a labuta na lavoura, geralmente de alho e
cebola - o que se plantava muito na ribeira do Riachão - foram de
mestre-escola como o saudoso mestre Miguel.
Foi
comerciário em Santo Antônio de Lisboa, antigo Rodeador, na loja de
Isaac Batista de Carvalho, de 1950/1952.
Em
1952, no povoado Jenipapeiro emprega-se na loja de Areolino Joaquim
da Silva, na função de balconista.
Aos
21 anos, em 1954, fixa residência em Picos (PI), faz o concurso de
exame de admissão ao ginásio no Colégio Estadual Picoense, obtendo
o primeiro lugar e estudando gratuitamente por esse motivo. O
referido colégio, apesar do nome, ainda não era estadualizado, ou
seja, era particular.
Em
1955, torna-se escrivão da Delegacia de Polícia de Picos,
percebendo o salário pela Prefeitura. Aproveitava a folga do sábado,
para ser balconista nas Lojas Pernambucanas, assim aumentava um pouco
a renda para seu sustento.
Conclui
o curso ginasial em 1958 e seus mestres foram: Dr. Severo Maria
Eulálio, PE. David Ângelo Leal, D. Maria Olita, D. Bilu (esposa do
Dr. Severo), Dr. Fonseca, Professor João de Deus Neto, Professor
Manoel de Moura Fé, Prof. Barros Araújo, Dr. Acilino Leite, além
de outros.
Quando
secundanista do curso ginasial, submete-se a concurso público do
Banco do Brasil S.A., sendo aprovado e nomeado para exercer a função
de Auxiliar de Escriturário, na mesma cidade de Picos, ingressando
em 02.03.1957, no mais cobiçado contingente de serventuários dessa
nobre casa de crédito. Em seguida, um ano depois, realiza em
Fortaleza, o concurso maior, de Escriturário, para carreira
administrativa, e vai aprovado, reassumindo uma vaga em Picos (PI).
E em 02.03.1983, após 26 anos de bons serviços prestados, deixa uma
lacuna no quadro funcional da Agência Centro, em Teresina-Pi, por
justa e merecida aposentadoria por tempo de serviço, contado o tempo
de empregos anteriores. Mas afasta-se somente dos serviços
burocráticos, continua no mesmo convívio. Como ele mesmo se
autodefine: “os bancários são meus irmãos mais próximos.”
É
convidado, em 1983, por Hildalius Catanhede, Presidente da Associação
dos Antigos Funcionários do Banco do Brasil S.A. - AAFBB - com sede
no Rio de Janeiro (RJ), a representar a Associação no Piauí, cujo
cargo ocupou até junho de 1999.
Como
funcionário do Banco, serviu nas cidades de Picos - (PI), Itambé
(BA), Teresina - (PI) e Metropolitana Cinelândia - Rio de Janeiro
(RJ), adido para tratamento de saúde de um filho. Exerceu vários
cargos, entre outros, os de Auxiliar de Supervisão, Chefe da
Carteira de Crédito Agrícola de Industrial (CREAI) e Subgerente de
Agência.
Em
08.12.1959, na paróquia de Nossa Senhora dos Remédios, então
diocese de Oeiras, contraiu matrimônio com a picoense Maria Mécia
Moraes Araújo Moura, que nasceu em 10.04.1941. A celebração foi
realizada na casa dos genitores da noiva, Laudemiro Morais Feitosa e
Esther Morais Araújo, pelo padre João Morais Sobrinho, (irmão da
noiva, hoje, ex-padre), sendo paraninfos, Francisco de Assis Coimbra,
Vilany Morais Coimbra (prima da noiva), Abrahão Conrado Costa (primo
do mestre Guarani) e Maria do Socorro Portela Costa.
O
consórcio gerou os seguintes filhos: Francisco de Assis Franklin
Morais Moura, n. 28.02.1961; Leônidas Fulton Morais Moura, n.
28.01.1962, (faleceu prematuro aos seis meses, em Itambé - BA);
Laudemiro Miguel Morais Moura, n. 06.03.1963; Francisco Miguel de
Moura Júnior, n. 18.02.1964; Fritz Miguel Morais Moura, n.
01.01.1968 e Mécia Morais Moura, n. 14.04.1994, caçula varoa e na
festividade das bodas de coral, ou seja, no 35º aniversário de
casamento.
Atualmente
tem uma progênie de nove netos: Joyce e Filipi - filhos de Francisco
de Assis Franklin Morais Moura e Wilma Neri Moura; Tainá e Tairine,
filhas do quadrigênito, Francisco Miguel de Moura Júnior e Ana Vaz
Moura; Lucas, Davi e Mariana, filhos de Laudemiro Miguel Morais Moura
e Mônica Queiroz Moura; Sarah e Sahvyc, filhas de Fritz Miguel
Morais Moura.
A
odisséia intelectual de Chico Miguel, o qual emergido do campo da
lavoura, da cultura do alho e cebola, e ser arremetido pelos próprios
méritos a freqüentar o campo da sociedade elitizada da cultura e
nobreza das letras piauienses, só poderia advir, portanto, de um
coração sábio, puro, modesto e batalhador. É um exemplo digno de
humildade e respeito.
Estudos
Os
estudos do escritor Francisco Miguel não foram muito regulares. Tal
como o pai, é um autodidata. O jardim da infância e o curso
primário foram disciplinados no próprio lar; assentou em bancos
escolares quando realizou o exame de admissão ao curso ginasial.
É
Técnico em Contabilidade pela Escola Técnica de Comércio
“Landri Sales”, na cidade de Picos - PI, de 1959/1961. Os
estudantes dessa unidade, àquela época, eram apelidados de
“lombriga azeda”.
Em
Teresina - PI, gradua-se no Curso Superior de Letras, da
Faculdade Católica de Filosofia do Piauí, em 1972, tendo como
professores: Padre Raimundo José Ayremorais Soares, Diogo Ayremorais
Soares, Maria dos Reis Figueiredo, Cecília Mendes, Dorinha Santos,
Padre Homero, Padre Moisés Fumagalli e Celso Barros Coelho e outros.
Pós-graduado,
em 1985, na Escola de Belas Artes/Universidade Federal da Bahia -
Salvador -, na especialidade “Crítica de Arte”.
Realizou
outros cursos de formação suplementar: “Folclore
Brasileiro”, (1975), ministrado pela professora Maria de Lourdes
Borges Ribeiro, do MEC-Brasilia-DF; “Teoria do Romance” (1970),
pelo professor João Décio, da Universidade de Marília – SP;
“Aperfeiçoamento em Literatura Brasileira e Portuguesa”, (1971,
na Universidade Federal do Piauí - UFPI.
Bancário
(do Banco do Brasil); professor; crítico literário e de artes;
ensaísta; Conselheiro Cultural do Conselho Estadual de Cultura e da
Fundação Cultural Monsenhor Chaves; poeta; romancista; membro da
Academia Piauiense de Letras, cadeira nº 8; contista; cronista;
congressista; encontrista; campeão de concursos literários e
expositor literário e cultural nas mais diversas ocasiões e
lugares; editor da revista Cirandinha (1977/1984); coordenador de
literatura e editoração da Fundação Cultural Monsenhor Chaves;
sócio-fundador e presidente da União Brasileira de Escritores do
Piauí - (UBE/PI), 1986/1988, entidade reconhecida através da
Assembléia Legislativa como de utilidade pública; instituidor e
tesoureiro do Círculo Literário Piauiense - CLIP, (1967); monitor
do Movimento de Educação de Base (MEB), em Itambé (BA), na época
do golpe militar de 1.964, sendo presidente da república, Dr. João
Goulart; organizador e apresentador do programa “Panorama Cultural”
na Rádio Clube de Teresina, pela Secretaria de Cultura do Piauí, de
1975/1977; colaborador/fundador da Academia de Letras de Região de
Picos (ALERP); sócio-correspondente da Academia Catarinense de
Letras e da Academia Mineira de Letras; 2º secretário da Academia
Piauiense de Letras (1995/1996), Secretário Geral (2000/2001) e
membro da Comissão Editorial da “Revista da Academia”.
Professor
de português e literatura brasileira e portuguesa no Colégio
Estadual “Anísio de Abreu”, desta Capital, durante dois anos.
Eventos
Participa,
entre muitos outros, dos seguintes eventos: I Encontro
Nordestino de Política Cultural, no Recife - PE, em 1987, como
delegado do Piauí; I Congresso de Escritores do Nordeste - 30 anos
da União Brasileira de Escritores de Pernambuco, no Recife (PE), em
1988, expondo o tema, “Política Editorial - Estratégia e Ação”;
Encontro de representantes da Associação dos Antigos Funcionários
do Banco do Brasil - AAFBB - no Rio de Janeiro (RJ), em 1987, onde
discursou em nome de todos as representações da AAFBB no Brasil,
publicado na Revista AAFBB nº 36 de jan./1987; X Congresso
Brasileiro de Teoria e Crítica Literária, em Campina Grande, de 16
a 21.09.90, expondo sobre a “Descaracterização da Cultura
Nordestina”; I e II Exposição de Livros de Funcionários do
Banco, na AAFBB - Rio (RJ), respectivamente em 1986 e 1991;
Prêmios
Premiado
em vários concursos literários tais como:
primeiro lugar no concurso de ensaios, pelo trabalho “A Poesia
Social de Castro Alves”, promovido pelo Diretório Acadêmico “Dom
Avelar Brandão Vilela”, da Faculdade Católica de Filosofia do
Piauí, em 1971; primeiro prêmio de bibliografia pela obra crítica
“Linguagem e Comunicação em O. G. Rego de Carvalho”, conferido
pela Academia de Letras de Uruguaiana - Rio Grande do Sul, em 1972;
por ocasião do Sesquicentenário da Independência do Brasil, recebe
o troféu por classificar-se em 2º lugar no concurso de trovas em
Mogi das Cruzes - SP, patrocinado pelo Centro Melo Freire de Cultura;
primeiro lugar no concurso de romances “Fontes Ibiapina” com o
livro “Laços do Poder”, em 1986, patrocínio da
Secretaria de Cultura do Piauí/Fundação Cultural do Piauí;
segundo lugar no concurso de poemas “Odílio Costa Filho”,
promovido pela Academia Piauiense de Letras, com o livro “Santo
de Casa”, em 1981, posteriormente publicado com o título “Bar
Carnaúba”, em 1983; três classificações no VI Concurso de
Crônicas “Sérgio Porto”, bancado pela FENAB, em 1983, Brasília
- DF; classificado para publicação, nas diversas edições dos
concursos de contos “João Pinheiro”, da Secretaria de Cultura do
Piauí, sendo que em 1984 obteve o terceiro lugar e em 1986, o
segundo; e também o segundo lugar no concurso de crônicas “Clarice
Lispector”, promovido pelo Satélite Clube de São Paulo, em 1993;
primeiro lugar no concurso poesias da revista “Poesia Para Todos”,
do Rio de Janeiro, em 2000,
e
segundo lugar no concurso de romance da Fundação Cultural do Piauí,
em 2003, com o romance “D. Xicote”.
Condecorações
Condecorado
com as homenagens: “Intelectual do Ano” recebendo o troféu
“Fontes Ibiapina”, em 1988, concedida pela União Brasileira de
Escritores do Piauí - UBE/PI-; diploma de Mérito Cultural “Lucídio
Freitas”, em 1988, por serviços prestados à cultura, patrocínio
da Academia Piauiense de Letras, à qual pertence, mas a cuja
Academia ainda não pertencia na época da concessão da referida
comenda; diploma de Personalidade Cultural UBE - Rio, em 1992, pela
intensa atividade cultural desenvolvida; Medalha do Mérito
“Conselheiro José Antonio Saraiva”, no grau de “Cavaleiro”,
conferida pela Prefeitura Municipal de Teresina, em 1994, por seus
méritos como escritor, e Diploma de Oficial da Ordem do Mérito
Renascença do Piauí, de 19 de Outubro de 11997, conferido pelo
então Governador do Estado.
Obra
Os
livros publicados são:
Poesias:
- “Areias”, foi o primeiro livro de poemas (1966), com prefácio
de Fontes Ibiapina; “Pedras em Sobressalto” foi o segundo livro
em versos (1974), “Universo das Águas” (1979) foi o terceiro
livro, posteriormente elogiado por Carlos Drummond de Andrade; “Bar
Carnaúba” (1983), foi o quarto livro, inclusive premiado;
(“Quinteto em Mi(m), 1986, “Sonetos da Paixão” (1988), “Poemas
Ou/tonais (1991); “Poemas Traduzidos” (1993); “Poesia in
Completa” (1997), “Viragens” (2001) e “Sonetos Escolhidos”
(2003), “Antologia” (2006); e “Tempo contra Tempo”, em
co-autoria com Hardi Filho (2007).
Ensaios:
- “Linguagem em Comunicação em O.G. Rego de Carvalho” (1972),
“A Poesia Social de Castro Alves” (1979); Piauí – Terra,
História e Literatura” (ensaio e antologia 1980); “Um Depoimento
Pós-Moderno” (1989); “Assis Brasil”, co-autoria com Edmilson
Caminha (1989); “Castro Alves e a Poesia Dramática” (1998); e
“Moura Lima - do Romance ao Conto” (2002).
Contos:
- “Eu e meu Amigo Charles Brown” (1986),” Por que Petrônio não
Ganhou o Céu” (1999) e “Rebelião das Almas” (2001).
Romances:
“Os Estigmas” (1984), “Laços do Poder” (1991), “Ternura”
(1993) e D. Xicote (2005).
Crônicas:
“E a Vida se Fez Crônica” (1996);
História:
“Literatura do Piauí” (2001);
Biografia:
“Miguel Guarani, Mestre e Violeiro” (2005);
Discursos:
“Chico Miguel na Academia”, 1993 (colaboração com Hardi
Filho).
Os
livros inéditos são:
Poesia:
“Itinerário para Passar a Tarde”, “O Coração do Instante”,
“A Casa do Poeta” e “A Cor, as Cores”
Romance:
“O Crime Perfeito” e “O Menino quase Perdido”
Prefaciador/posfaciador:
Da antologia de contos de autores piauienses “Piauí: Terra,
história e literatura” (1980), co-edição da Editora do Autor -
São Paulo/Edições Cirandinha - Teresina; de “Literatura
Piauiense - Escorço Histórico” de João Pinheiro (obra em 1ª
edição de 1937), na 2ª edição, 1984, patrocinada pela Fundação
Cultural Monsenhor Chaves.
Participante
de coletâneas - “Poetas do Brasil” Rio (1975);
“Ciranda”, Teresina (1976); “O de Casa”, Teresina (1977);
“Momento Poético”, São Paulo (1978); “Vozes da Poesia”, São
Paulo (1979); “O Conto na Literatura Piauiense”, Teresina (1981);
“Renascença”, Salvador-Ba. (1984); “Novos Contos Piauienses”,
Teresina (1984); “Outros Contos Piauienses”, Teresina (1986);
“Antologia Acadêmica”, Porto Alegre-RS (1990); “Postais da
Cidade Verde”, Teresina (1989); “Antologia Poética Piauí/Ceará”,
Teresina/Fortaleza, 1993; “Alma Gentil - Novos Sonetos de Amor”,
Brasília, 1994; “Mostra Nacional de Poesia Visual”, UFRN,
Natal-RN (1995); “Piauí: Formação, Desenvolvimento,
Perspectivas”, FUNDAPI, Teresina (1995); “Crônicas de Sempre”,
Teresina-PI (1995), “A Poesia Piauiense do Século XX”,
Teresina/Rio, antologia, estudo e organização de Assis Brasil
(1995); e “O. G. Rego de Carvalho – Fortuna Crítica”,
organizada por Kenard Kruel (2007).
Participação
Internacional – Entre outras, participou como
crítico e poeta nos Estados Unidos da América do Norte - dos
seguintes livros: “A Dictionary of Contemporary Brazilian Authors”,
Arizona – EUA, onde comparece com 10 verbetes (1981);
“Internacional Poetry Yearbook”, Colorado -EUA (1984); “Directory
of International Writers and Artists” - Biografia, Colorado, USA
(1987); “Internacional Poetry Yearbook, Colorado - EUA (1988);
“Directory of Internacional Writers, Colorado, EUA (1987);
“International Poetry 37”, Colorado, EUA (1985) “Contemporary
Brazilian Literature”, antologia de poesia e prosa, Colorado, EUA
(1986), na França, como poeta, participa da publicação: “Jalons”,
números 49 e 50, respectivamente de 1994 e 1995, na cidade de
Nantes, “Brésil 500 Ans”, antologia de poemas da Editora Jalons,
Nantes, França, 2000; em Cuba, de com 5 poemas no livro “Poesia de
Brasil”, 2000; na Espanha, também como poeta, tem comparecido nas
revistas “Clarín” (jan./fev./abr./maio/ jun./jul./ago. e
set,/2007) e na revista “Lea” (nº 183, jul./2007); em Portugal,
participou das revistas “Anto” nº 3 (1998), nº 6 (1999), e na
“Revista de Poesia”, nº 2 (junho de 2002), dedicada ao tema
“Saudade”.
Colaborador/Participante:
Em Picos, no começo dos anos 50, antes mesmo de ser estudante,
participa do jornal “A Flâmula” do Grêmio Estudantil “Da
Costa e Silva” - dos estudantes do ginásio, onde publica os
primeiros poemas. Depois de ingressar no Ginásio, continua a
publicar seus poemas e artigos em “A Flâmula” e noutro jornal
que surgiu, “A Gazeta”, também de Picos, editado por Odonel
Castro Gonçalves. Em Teresina, desde que chegou, oriundo de Itambé
- BA, em outubro/1964, colabora intensamente nos jornais, revistas e
congêneres:
Jornais:
“O Estado”, “A Hora”, “Correio do Piauí”, “Estado do
Piauí”, “Jornal da Manhã”, “O Dia”, “Jornal do Piauí”,
“Voz do Piauí”, “Opinião”, “Diário do Povo”, “Meio
Norte” e “Suplemento do Diário Oficial”, etc.;
Revistas:
“Almanaque da Parnaíba”, “Presença”, “Cadernos de
Teresina”, “Ficção”, Rio de Janeiro - RJ (revista de contos e
crítica, da qual era correspondente no Piauí); “Impacto” (em
vários números, inclusive uma entrevista sobre a APL); “Revista
da Academia Piauiense de Letras”, onde publicou os seguintes
ensaios: “Depoimentos Sobre O. G. Rego de Carvalho”, nº 50, Ano
LXXV, dezembro de 1992; “Os Universais da Literatura - Acertos e
Equívocos”, nº 51, Ano LXXVI, dezembro de 1993; “Jorge de Lima,
Poeta Participante” e “A Chama da Geração de 45”, ambos no nº
51, Ano LXXVI, dezembro de 1993 - II fascículo, e muitos outros
trabalhos; “Literatura”, desde o nº 4 ao 33 (abr./2007), cuja
publicação foi iniciada em Brasília e hoje é editada em
Fortaleza-CE; “LB - Revista da Literatura Brasileira”, São Paulo
– SP (diversos números); e “Cirandinha”, editada em Teresina e
depois em Salvador, ganhando nome nacional em virtude de boa parte
dos seus colaboradores serem de outros Estados, que se encarregavam
de distribuí-la nas escolas e entre outros escritores – fundada
por Francisco Miguel de Moura com um grupo de escritores do Piauí,
tendo vida mais ou menos longa para a espécie (de novembro/1977 a
julho de 1984).
Colaborações
interestaduais, “Littera”,
nº 11 - (1974), Rio - com ensaio “Simbologia e Sentido do Efêmero
na Poesia de Raimundo Corrêa”; “Em Revista” nº 12, (1981),
São Paulo, com “Tentativa de Explicação do Inexplicável”;
“Ficção, nº 09” setembro/1976, Rio, com resenha sobre “Rio
Subterrâneo”; Ficção nº 18, junho/1977, Rio, com resenha sobre
“Inquietação de Um Feto”; “Vozes”, nº 3, Ano 79, abril de
1985, Petrópolis - RJ, com o “O Aprendizado da Morte”;
“Suplemento do Minas Gerais”, de Belo Horizonte, edição de
19.08.1978, com “Três Tempos do Poeta H. Dobal”; “A Tarde” -
Salvador (BA), edição de 23.06.73, com - “O Conto e a Força do
Crítico”; “O Lince”, de Juiz de Fora (MG), edição de
maio/74, com “Um Contista no Palco da Infância”; “Correio do
Estado”- Campo Grande (MS), edição de 29.03.1973, com “Deste
Lado do Horizonte”; “Correio da Bahia”- Salvador, edição de
13.12.1985, com o artigo “Centenário do Poeta Da Costa e Silva”;
“Suplemento do Diário Oficial” - Salvador (BA), edição de
10.06.1985 com o ensaio “Modernidade da Língua Portuguesa”;
“D.O. Leitura”, nº 4 (47), de abril de 1986 - São Paulo - SP. -
com o ensaio “Elementos de Crítica Literária”; “D.O.
Leitura”, nº 09 (102), de novembro de 1990, São Paulo (SP), com o
ensaio “Descaracterização da Cultura Nordestina”; “Vozes”,
nº 06, Ano 83, nov./dez/1989, Petrópolis - RJ, com “Cláudio
Manoel da Costa e a Crítica Caolha”; “Literatura”, nº 02,
junho de 1992, Brasília - DF, com o artigo “Do Ceará, um Borges”;
“Literatura, nº 6, de junho/1994, Brasília - DF, com o depoimento
“Como e porque sou escritor”; “Cadernos do Tâmega”, nº 8,
dez/1992, Amarante/Portugal, com o ensaio “O Livro mais Triste, o
Poeta mais Só” e o soneto “A Antonio Nobre”, ambos comemorando
o centenário do livro “Só”, “Notícias Culturais” de
Fortaleza (CE) nº 56, ano 5 de setembro/1995 com os seguintes
poemas: “Sonetilho” (ao poeta Lourenço Campos), “Hai-kais”,
“Nome da Rua” e “Abandonos”.
Alguns
poemas
são cantados e gravados em
discos
pelo compositor e cantor, também bancário do Banco do Brasil,
Odorico Carvalho, tais como: 1. “Das Coisas Simples”, extraído
do livro “Quinteto em Mi(m)”; 2. “Homem, Boi, Berro” de “Bar
Carnaúba”; 3. “Experiências Vivas” de “Quinteto em Mi(m)”.
Academia
Piauiense de Letras
Na
Academia Piauiense de Letras: Ingressa
na imortalidade após três campanhas; não foi só merecimento, foi
luta, e ele lutou, teve opositores “e
estes são necessários, senão, não haveria vitória”,
diz. É o 5º ocupante da cadeira nº 8. Foi eleito em 29.09.1990 e
tomou posse em 30.10.1990; quem o recebeu foi o acadêmico/poeta
Francisco Hardi Filho, seu amigo, que tinha sido eleito anteriormente
para outra cadeira. O patrono da cadeira nº 8 é José Coriolano de
Sousa Lima (J. Coriolano). Os ocupantes anteriores foram: Antônio
Chaves, Breno Pinheiro, Celso Pinheiro Filho e Francisco da Cunha e
Silva, aqui citados em ordem cronológica.
É
membro-correspondente da Academia Catarinense de Letras e da Academia
Mineira de Letras, como foi já referido acima, em cujas revistas
colabora com artigos e poemas. É de notar-se que para tornar-se
membro da Academia Catarinense teve que submeter-se a uma eleição,
para a qual teve a ajuda do amigo/escritor catarinense Theobaldo
Jamundá, e foi eleito; já no caso da Academia Mineira, foi por
indicação do escritor José Afrânio Moreira Duarte, com quem
Francisco Miguel de Moura mantém longa amizade, aliás, desde que
escreveu “Linguagem e Comunicação em O.G. Rego de Carvalho”.
Faz
parte de outras Academias de Letras. Cito duas das mais importantes:
Membro-fundador da Academia de Letras da Região de Picos, onde seu
pai, Miguel Borges de Moura – Guarani é patrono de uma cadeira. E
recentemente foi eleito para a Academia Cachoeirense de Letras, de
Cachoeiro de Itapemirim – ES.
Nos
anos 2000/2001, foi Secretário Geral da Academia Piauiense de
Letras, na gestão do Prof. Raimundo Nonato Monteiro de Santana,
sendo considerado o melhor Secretário Geral daquele sodalício,
justo no ano da entrada do novo milênio.
Depois
disto, tem sido constantemente apontado para a presidência da
Academia Piauiense de Letras, mas não aceitou porque não quer de
forma alguma afastar-se do seu intenso trabalho de escritor, e
ultimamente por motivo de saúde.
Personalidade e talento
A
personalidade e o talento foram delineados pelo poeta e crítico
da ilha de São Luís do Maranhão, Francisco das Chagas Val,
(nascido a 23.07.43), em artigo de 15 de setembro de 1994, assim:
A
POESIA DE CHICO MIGUEL
“Francisco
Miguel de Moura é um escritor que exerce o seu ofício com bastante
competência e, em qualquer página por ele escrita, lá estão as
qualidades intrínsecas que são as marcas a destacá-lo como uma
legítima vocação literária inconfundível, em meio aos outros
escritores de sua geração.”
“Do
poeta, em particular, alguns pontos podemos destacar: a dicção, o
ritmo, a imagética e a ductilidade dos versos que, na poesia de
Francisco Miguel de Moura, é pura música,
limpa harmonia de notas que soam em perfeito equilíbrio - que esse
poeta piauiense escreve como quem canta e o seu
verso, escandido ou não, é sempre harmonioso e nele existe uma
natural contenção, talvez imposta pela disciplina de quem desconfia
dos fazedores de discursos.”
“Com
poemas “Ou/tonais”, o autor nos dá a medida exata de seu talento
poético porque, construído em linguagem seca, o livro apresenta um
lirismo comovido e os versos acabam por se estruturarem de modo
contínuo, com suas modulações e freqüências tonais até o ponto
em que a harmonia poética tangencia a musicalidade das palavras em
pleno espaço metafórico-sinestésico. O certo é que ele alcançou,
ao longo de seu trabalho literário, o equilíbrio e a maturidade
necessários para assegurar a perenidade de sua obra, e a poesia que
nos deu, mostrada recentemente em seu primoroso livro “Poemas
Ou/tonais”, é de altíssima qualidade, e estamos convencidos de
que o autor de “Pedra em Sobressalto” mantém incólume o seu
vigoroso estro, e outros excelentes livros estão prestes a vir a
lume para gáudio de todos que o admiramos.”
É
citado como verbete no “Dicionário Histórico e Geográfico do
Estado do Piauí” - (1994), de Cláudio Bastos; no “Dicionário
Biográfico Escritores Piauienses de Todos os Tempos” - (1995), de
Adrião Neto; no “Dicionário Histórico-Biográfico Piauiense” -
(1992), de Wilson Carvalho Gonçalves; no “Dicionário de Poetas
Contemporâneos”, 2ª edição (1991), de Francisco Igreja; no
“Dicionário Literário Brasileiro” (1978), de Raimundo de
Menezes; no “Dicionário de Artistas e Escritores Funcionários do
Banco do Brasil” (1992), de autoria de Murilo Moreira Veras,
Romildo Teixeira de Azevedo e Eliezer Bezerra; e na “Enciclopédia
de Literatura Brasileira” (1990), de Afrânio Coutinho e J. Galante
de Sousa.
Incluído
nos livros “Visão Histórica da Literatura Piauiense” (1997), de
Herculano Moraes; “A Academia Piauiense de Letras e a Cadeira 27”
(1994), de José Lopes dos Santos; “O Livro de Ouro da Literatura
Brasileira” (1980), “Teoria e Prática da Crítica Literária”
(1995) e “A Poesia Piauiense do Século XX” - (1995), de Assis
Brasil; “Crônicas de Sempre” - (1995), organizado por Adrião
Neto; “A Literatura no Brasil”, direção de Afrânio Coutinho,
citado entre os melhores poetas da nova geração; “A Crítica
Literária no Brasil”, de Wilson Martins (1995), entre outros aqui
não mencionados, e em todos há referências elogiosas ao seu
trabalho literário. Na internet, é biografado e comparece com
poemas e outros trabalhos literários, nos seguintes “sites”:
usina de letras – wikipedia – jornal de poesia – entretextos
– antonio miranda – jornal do dia e outros.
Neste
poema, que é bem representativo do seu lavor literário e de sua
luta pela expressão poética radical, com muita originalidade ele
traduz a emoção vivida na infância:
Quinteto
em mi (m)
Três
Não
lhe contarei minha história,
A
da vaquinha morta,
e
não me deu o leite da vida:
urubus
pastaram seus olhos.
E
pastarão sobre mim.
Nem
a história de mamãe-titia,
de
meu pai-pequeno-e-feio,
de
meu nascer-Chico
por
simples fuxico.
Não
houve melhor jeito.
Depois,
morremos de comer, de beber:
-
o sono-inanição era todo nosso.
E
o medo do outro (e de nós?)
e
os desejos menos preciosos
que
morriam?
O
mundo antes de mim,
do
alto do descaso,
jogou-me
na grande roleta.
E
bicho permaneço.
Não
me deram nem carne nem osso,
nem
cabeça - mundo deus, mundo diabo.
Deram-me
tripa
muita tripa
e coração.
Assim
subvivi para este mundo
entre
as aves de rapina
e
frutos escassos,
cactos,
espinhos, trapos,
despetalando
a vida que não quis.
Bibliografia
Livros:
ADRIÃO
NETO, José. In: Dicionário Biográfico Escritores Piauienses de
Todos os Tempos, 2ª ed. Halley S.A., Teresina
(PI) - 1995;
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Cláudio de Albuquerque. In: Dicionário Histórico e Geográfico do
Estado do Piauí, 1ª ed. Fundação Cultural Monsenhor Chaves - PMT
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Ltda. Rio de Janeiro (RJ) - Fundação Cultural Monsenhor Chaves-PMT-
Teresina - (PI), 1995;
CADERNOS
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dez/1994;
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Banco do Brasil, 1ª ed., Ed. Livra-Livro - Processamento Editorial
Ltda., Brasília - DF, 1992.
Jornais:
“O
Dia”, Teresina – PI, nº de 12 de março de 1972, com o título
“Entrevista da Semana” (obs.: foi a primeira entrevista dada pelo
autor);
“D.
O. Leitura”, São Paulo - SP, nº 4 (40), de setembro de 1985, de
Eduardo Maffei, com o título de “Conversa de Bar Sobre Poesias”;
“Tribuna
da Bahia”, Salvador – BA, nº de 8 de fevereiro de 1985, título
“O menestrel dos Piauís” (entrevistador: Oleone Coelho Fontes);
“Meio
Norte”, Teresina – PI, 2 de fevereiro de 2007, título” Gente
da gente: 40 anos dedicados à poesia” (entrevistadora: Isabel
Cardoso, caderno “Vida”;
“Diário
dos Açores”. Ano 137 nº 38.216, de 24 de fevereiro de 2007, seção
“Letras”, pág. 15/16, Ilhas dos Açores – Portugal.
Revistas:
“Revista
da Academia Piauiense de Letras”. Ano, l990, nº 48 - presidente:
Paulo de Tarso Melo e Freitas, Teresina – PI;
“Literatura
- Revista do Escritor Brasileiro”. Ano XIII, Janeiro a Junho de
2004, nº 26 – Editor: Nilto Maciel. Fortaleza – CE;
“Época”,
revista nº 443, de 13 de novembro de 2006, Editor: Globo, Rio –
RJ, pg.84/85;
“Colóquio/Letras”,
nº 14, de junho de 1973, artigo “Literatura Brasileira –
Ensaio”, de Fábio Lucas, Lisboa – Portugal;
“Lavra:
Letras & Idéias, editor: Murilo Moreira Veras. Ano IV nº 08,
Brasília – DF, 19993.
Revistas
Literárias Brasileiras (1970-2005) - Paulo Cezar Alves Custódio.
Antologia nº 1 – Gráfica e Editora Ltda., Brasília – DF, 2006.
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