de
Augusto dos Anjos)
Paródia de Francisco Miguel de Moura
Tome,
poeta, um canivete e corte
minha
apaixonadíssima pessoa.
A
mim, que importa que ele fure à toa
toda
minha alma podre, após a morte?
Nem
urubu eu tive por consorte!
Também,
na vida, os vermes da lagoa
roeram
tudo. Oh, bicharada boa!
E
ainda alguém me disse: “Tu és forte!”
Forte
é a puta que o pariu, oh vida!
Amor,
veja, não tenho outra saída,
senão
beber do cálice profundo.
Depois,
pensar que ainda tens saudade
de
mim, que fui essa monstruosidade
dos
versos teus, quando vivi no mundo.
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Francisco Miguel de Moura, escritor, membro da Academia Piauiense de Letras. E-mail: franciscomigueldemoura@gmail.com
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