(autor)
Manhã,
agrada-me sentir
de
leve o cheiro,
misto
de mulher e natureza,
e
as ondas de vento em arrepios
sutis,
diversos, feiticeiros.
Ouço
insetos invisíveis,
Inaudíveis,
como sempre
tecendo
o fundo em sonata
para
a glória das aves de bico.
Borboletas
vaidosas e trêmulas,
me
fazem serelepe.
Danço,
as pernas já não doem,
a
vista descansou, o nariz pressentiu
beijos
do passado, luzes de festas.
À
noite reina a lua. Ela e minha amada
e
doce companheira, mãe e irmã das flores,
me
acompanham.
No
aniversário não quero presente,
este
jardim de rosas e estrelas vale
um
reino onde sou príncipe.
Reino
que nunca poderei chamar de
meu
sozinho, meu.
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*Francisco Miguel de Moura
– Poema novíssimo
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