sábado, 2 de fevereiro de 2019

CANÇÃO SEM PERNA NEM AR - Poema modernoso


 Francisco Miguel de Moura*


Que canção merece o mundo escuro?
Ninguém quer ouvir nada de ão...ão..
Nem saber do peito íntimo de alguém
senão para um sexo extra (ordinário).

E assim não há canção nem poema,
é uma extra-vasação do mesmo tema,
que não sei do seio de quem vem.

Palavras!... Soltar bolinhas de sabão,
ao vento, um vento tão opresso,
e reunir verso e reverso, sem uni-verso.
Oh! íntimo desprazer solto, aranhento!

No chão fundido, confundido, há mais,
muito menos pra ser visto, ouvido...
Por que as bandas tocam e dançam
e todos “dançam” nada atrás de nada?

Nenhuma canção vale a pena e o pinho,
durante a noite inteira esbandalhada.

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*Francisco Miguel de Moura, poeta desencantado com as músicas de hoje, com os poemas e canções da “mundernidade”. Vejam também os blogues de responsabilidade deste autor, na internet: franciscomiguelmoura.blogspot.com, revistacirandinha.blogsport.com e abodegadocamelo.blospot.com.                              


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