terça-feira, 12 de novembro de 2019

PERMANÊNCIA, Poema de Paschoal Motta

Paschal Motta*

O vento da espera

mina meus olhos de luz:

a tua mão joga no espelho

semeaduras da tarde.


não era o que deveria ser este afogamento

nessa fria água de silêncio


não era para bater essa música de vento

nesse longo beiral de solidão


não era para voltar este pensamento

nessa sua dura esfinge de tristeza


não era para ficar esta permanência

deste lembrar noturno e tão ferido

(do livro "Estações da Ausência")

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*Paschoal Motta, poeta mineiro, festejando a poeta Yeda Prates Bernis, oferecido através de seu e-mail, aos demais amigos (com autorização para passar à frente, inclusive publicar neste e-mail.

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