IRONIAS
Francisco
Miguel de Moura*
Dois buquês de flores que forcejam
Sair do chão onde os
cachorros mijam,
Simbolizam fugidos na noite
E que nela sumiram.
São mágoas paternais secadas,
Veladas mágoas por velozes
vidas
Nadando na história.
Almas? Não sei se alçarão ao
sol.
Entre visões a 99% consumidas,
Consumadas,
E agora tão velozes quanto o zero.
Flores murchas, galhos cor de
barro
Quais lágrimas da flora
industriada.
Almas, não sei se alçarão ao
sal.
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*Francisco Miguel de
Moura, poeta brasileiro, sim senhor.
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