A
DOR E O TEMPO
Francisco Miguel de Moura*
A
dor menos dói
nos
pontos roídos
do
corpo (se flui)
entre
sobras e luzes,
na
sala esquecida
penumbra.
Se
é silêncio conforta,
o
tempo já moído,
preparo
sem metro
do
que seria outro
vento
sem vencida,
sem
janela ou fresta
se
ainda duvida.
Se
tudo num cristal,
onde
riscos são falhas,
de
horas, anos doída
e
doida descida.
Como
se o imóvel
andasse
na corrida
sem
fundo das águas
no
fundo... Asfixia...
O
tempo não dói
de tão dolorido.
------------------------------------------------
*Francisco Miguel de Moura, este poeta desconhecido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário