quarta-feira, 18 de agosto de 2021

 

                            TEMPO E DESTEMPO

                                         Francisco Miguel de Moura*


 

o tempo não resiste à tempestade

      escanchado no infinito

o tempo é hoje, o tempo é ontem

       o tempo é quase nunca

e nada, nadando o impreciso:

água, lama, areia, pedra, fogo

o tempo não é nada, é precipício

no cavalo das nuvens busca estrelas

a perpassar o limite dos limites.

________

*Francisco Miguel de Moura, poeta de ontem,

hoje e amanhã, enquanto há tempo.

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...