Pedro Bloch*
O Eu nerótico é um Eu com uma infinidade de barreiras de defesa. O Eu normal é um Eu em expansão, um eu que ilumina em torno. O Eu neurótico é um tremeluzir. O Eu normal é um farol que só se preocupa em em dar luz aos que buscam caminhos e a seu próprio caminho.
Pontes de Miranda disse que, no começo de sua vida, imaginava que o importante era TER. Mais tarde percebeu a puerilidade daquela posse. Verificou que o importante não era ter, mas SER. Com o passar do tempo lhe veio a certeza de que nem TER nem SER eram realmente vitais. O importante era PODER. A chava da vida ali estava: - PODER. Com o correr dos dias sentiu que relevante mesmo era SABER. Mas os meses foram passando e o TER, o SER, o PODER, o SABER não realizavam o sentido imaginado.
Subitamente algo se acende, ainda mais, dentro dele. Mas,como não havia pensado naquilo antes? Não! Nem TER, nem SER, nem PODER, nem SABER. O importante era FAZER.
E terminava seu modelar discurso:
- Centenas de gerações passaram, outras centenas passarão. Só importa o que se fez, porque o que se fez... É DE TODOS!
(Capítulo transcrito do livro "Falar é Viver", pg. 53, de Pedro Bloch, Editora Nórdica, Rio, 1980).
___________________
* Pedro Bloch, escritor, jornalista, teatrólogo brasileiro, fundador e primeiro presidente da "Sociedade Brasileira de Foniatria e Logopedia" e vice-presidente da International Association of Logopedics and Foniatries - do Colégio Internacional de Fonologia Experimental.
Pontes de Miranda disse que, no começo de sua vida, imaginava que o importante era TER. Mais tarde percebeu a puerilidade daquela posse. Verificou que o importante não era ter, mas SER. Com o passar do tempo lhe veio a certeza de que nem TER nem SER eram realmente vitais. O importante era PODER. A chava da vida ali estava: - PODER. Com o correr dos dias sentiu que relevante mesmo era SABER. Mas os meses foram passando e o TER, o SER, o PODER, o SABER não realizavam o sentido imaginado.
Subitamente algo se acende, ainda mais, dentro dele. Mas,como não havia pensado naquilo antes? Não! Nem TER, nem SER, nem PODER, nem SABER. O importante era FAZER.
E terminava seu modelar discurso:
- Centenas de gerações passaram, outras centenas passarão. Só importa o que se fez, porque o que se fez... É DE TODOS!
(Capítulo transcrito do livro "Falar é Viver", pg. 53, de Pedro Bloch, Editora Nórdica, Rio, 1980).
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* Pedro Bloch, escritor, jornalista, teatrólogo brasileiro, fundador e primeiro presidente da "Sociedade Brasileira de Foniatria e Logopedia" e vice-presidente da International Association of Logopedics and Foniatries - do Colégio Internacional de Fonologia Experimental.
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