quinta-feira, 4 de novembro de 2010

APOCALIPSE

APOCALIPSE

Francisco Miguel de Moura*


disperso o orvalho
secas as lágrimas
do homem
condenado ao mal
vai o mundo sem vau
como no início


flores fedidas nascem
num espelho opaco
e mulheres desamadas
desamam após
e clamam
        por voz
        mas
        no deserto
até a hora da noite imóvel
com seu fundir sem fundo


e sobre os torturados
os demônios rolarão
na dança de finados.

_______________
*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora tem Teresina, Piauí. 
E-mail:franciscomigueldemoura@superig.com.br
web: http://franciscomigueldemoura.blogspot.com

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