segunda-feira, 26 de junho de 2023

 


CORAÇÕES PULSANTES

 

                            Francisco Miguel de Moura*

 

Um pedaço da infância me alucina:

Era um baixão plantado, o morro atrás

da casa, alevantado para o céu...

E o menino e a menina que subiam,

Subiam sem saber quanto subiam,

de braços, soltos para a nova vida...

Iam subindo, sem olhar pra trás,

O mundo que fugia nuns suspiros

Em busca d’outra via e muito mais.

Sorviam o licor da infância finda,

A vida branca não queriam mais.

O amor que é loucura, mas gostosa

É a loucura do carinho e do caminho

Desconhecido, é um chamego, faz

Uma dor  tão gostosa do mistério

Que a gente não esquece nunca mais.

 

Os corações que pulsam, pulsam tanto

Que se perdem na estrada e no seu canto.

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*Poeta brasileiro, com vários livros publicados, no Brasil e publicações em jornais e revistas no exterior. Membro da IWA – International Writers and Artists Association, USA

 

 

 

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