quinta-feira, 11 de julho de 2019

DE REPENTE, QUAL O AMOR?


Francisco Miguel de Moura*

Juro a mim, por Deus, que não me veio
À consciência o que me acontecia:
Eras tu minha aluna e eu, nesse enleio
Que da cabeça aos pés me enrubescia...

Dois corações, de frente a frente, agora
Queriam pulsações em sintonia...
Entre nós, o silêncio pôs demora
Na corrida do amor, na manhã fria.

Eis que um anjo infeliz, maldito agouro,
Juntou, ao meio, uma notícia algente,
No jogo em que perdi-me do meu foro

De um Dom Quixote que, sem ar, morria...
Amor tão santo, em fogaréu ardente,
Jamais, na vida, me aconteceria.
________________________ 
*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, com mais de 40 obras publicadas em livro e alguma na internet. Mora em Teresina, Piauí - Brasil. E seu e-mail e: franciscomigueldemoura@gmail.com

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