quinta-feira, 25 de abril de 2024

 

  CONFITEOR

    Francisco Miguel de Moura       



 De nada do que fiz eu me arrependo:

de ter amado até quem não me amava,

de ter falado um pouco do que entendo,

de ter ganhado o pouco que eu ganhava.

 

Da rotina bancária, eu me fartava,

só pensando comigo o que eu fazia...

Quanto papel e tinta que eu gastava,

para o lixo, depois. Era o meu dia!...

 

De nada que antes fiz peço perdão

e, pro futuro, eu peço ao coração,

sossego e amor... Do resto eu me defendo.

 

Só dos pecados feitos, tão diversos,

de nada mais, eu hoje me arrependo,

e muito menos de ter feito versos.

                    

                                                   Francisco Miguel de Moura

                                                           Teresina,/2024

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