domingo, 5 de dezembro de 2021

 


VIAGENS

 

              Francisco Miguel de Moura*

 

Nas viagens do meu verso

procuro encontrar guarida

dentro do mesmo universo

que caminha minha vida.

 

Vejo a lua e vejo o sol,

de noite vejo as estrelas.

Sou um poeta de escol,

pra falar de coisas belas.

 

Nos jogos, eu sou tramela,

e nunca eu tive paixão,

Letras é meu barco à vela,

onde pulsa o coração.

 

Minha vida não dá trela,

Do soneto, eu sou paixão,

Coloco a noite mais bela...

Trova, balada e emoção.

 

Nas viagens do meu verso

Onde estou com perfeição,

Me recrio, não disperso,

Pra não fazer confusão.


Nem sempre o amor parece,

Mas é amor, meu irmão,

Tudo o que vive e que cresce

Cabe no meu coração.

  

Nem sempre o amor parece,

Mas é amor, meu irmão,

Tudo o que vive e que cresce,

Nada do que morre, não!

 

Sem amor não há mais nada,

Sem amor, só morte em vão.

Quando o amor é palhaçada,

É drama, morte, carvão.

 

Por isto nos meus poemas

Escrevo com perfeição

Tudo que é alma, meus temas

E assim encontro o perdão.

 

Do que fiz, do que desfiz,

Bato no velho bordão,

Peço perdão do que fiz

Para alcançar salvação.

 

Nos passeios dos meus versos

Eu não encontro cancela,

Tudo é luz e amor imersos

Na beleza. A vida é bela!

 

E nestes mares dispersos

De luz, poema e paixão.

Em veros frouxos ou tersos,

Dou a vida e o coração.

_________

*Francisco Miguel de Moura, poeta e trovador brasileiro,

mora em Teresina, Piauí, Brasil.

 

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