quarta-feira, 27 de outubro de 2021

 


                                    CIO-AMANHECER

                                  Francisco Miguel de Moura*

 

De dia lavando a roupa,

de noite roendo as unhas.

 

Não tinha medo das almas,

as palavras lhe assustavam.

 

Caiu...Não se levantou

quando viu uma figura

sorrindo... Estava no cais?

 

Alguém a levou (Lavou-se?)

Sorrindo... Se abre em suspiros

           (Felicidade demais!...)

 

As unhas cresceram, pois

o esmalte se abria em flor...

 

Cio? Noite? Amanhecer?

Nunca ficar pra depois.

__________

*Francisco Miguel de Moura, poeta, mora em Teresina.

 

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