HÁ QUANTOS DIAS...
Francisco
Miguel de Moura*
Há quantos dias viajo na penumbra
do mau tempo de dor, noites e dias,
por via desta gripe, as pandemias,
alastrando seu mal que não deslumbra
amor nem paz. Aonde as confrarias?
Como ditar-me na alma meus sonetos,
se não posso abraçar filhos e netos,
se tão somente, vivo as agonias?...
Tomara volte ainda aquele tempo
em que a gente, disposto, então saía
sem medo de um terrível contratempo.
A qualquer hora, à noite, ou fosse dia,
para encontrar alguém em passatempo
e abraçá-lo com amor e alegria.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta e
prosador,
mora em Teresina, PI.
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