quinta-feira, 7 de julho de 2022


 

VIAGENS (Nova Versão)

 

              Francisco Miguel de Moura*

 

Nas viagens do meu verso

Procuro encontrar guarida

Dentro do mesmo universo

que caminha minha vida.

 

Vejo a lua e vejo o sol,

De noite, vejo as estrelas.

Sou um poeta de escol,

Pra falar de coisas belas.

 

Nos jogos, eu sou tramela,

Neles só vi confusão.

A letra é meu barco à vela,

Onde pulsa o coração.

 

Minha vida não dá trela,

Do soneto, eu sou paixão,

Coloco a sorte mais bela

Nas viagens da emoção.

 

Nas viagens do meu verso

Onde estou com perfeição,

Me recrio, não disperso,

Pra não fazer confusão.

 

 

O amor é minha prece,

Pois dele me faço irmão,

Tudo o que vive e que cresce

Cabe no meu coração.

 

Sem amor não há mais nada,

Sem ele, o viver é vão.

Se nele houver trapalhada,

É drama, morte e paixão.

 

Dizem que o amor perece,

Quando não é muito são.

Mas se o amor vive e cresce,

Mais alegra o coração.

 

Sem amor é uma parada,

Sem ele, morre a canção.

Quando o amor é palhaçada,

Os amantes são carvão.

 

Por isto nos meus poemas

Escrevo com perfeição.

Tudo são almas, são temas

São luzes, sem confusão.

 

Do que fiz, do que desfiz,

Bato no velho bordão,

Peço perdão se mal fiz

Para alcançar salvação.

 

Nado nas ondas dos versos,

Pois não encontro cancela.

Tudo é luz e amor imersos

E a vida não se rebela.

 

Nos mares, os mais dispersos

De luz, poema e paixão,

Teço alguns pontos reversos

Mas dou vida ao coração.

 

Eu gosto dos meus caminhos,

Conheço outros universos,

Tudo e nada são meus vinhos,

Na viagem dos meus versos.

_________

*Francisco Miguel de Moura, poeta e trovador brasileiro,

mora em Teresina, Piauí, Brasil.

 

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