sábado, 24 de setembro de 2022

 


CIO DOAMANHECER

            Francisco Miguel de Moura*

 

De dia lavando a roupa...

De noite roendo as unhas.

As unhas cresceram tontas,

o esmalte se abriu em flor...

 

Não tinha medo das almas,

as palavras lhe assustavam.

 

Quando viu uma figura

Caiu...Não se levantou

sorrindo... Estava no cais?

 

Alguém a levou (lavou-se?)

Sorrindo... Se abre em suspiros

        (Felicidade demais!...)

 

Cio? Noite? Amanhecer?

Nunca deixar pra depois.

__________

*Francisco Miguel de Moura, poeta, mora em Teresina.

 

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