sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A ÁGUA É NOSSA VIDA

 Francisco Miguel de Moura*      
 "É só para pensar: nosso corpo físico é composto em 70% de água, nosso planeta também é formado em 2/3 por esse precioso líquido..." -
 (frase retirada de artigo um site da internet, 
 cujo de cujo autor do artigo não anotei o nome).
      

           O assunto água é o mais importante para o ser humano viver. Assim não me faltou assunto.
       Faltou água para beber em Teresina, em virtude de serviços urbanos de grande monta que a Prefeitura está fazendo na Zona Sul. Faltou água, não em todos os bairros, mas naqueles que estão situados em lugar mais alto, tanto na zona Leste, quanto na própria Zona Sul. Diante da necessidade é que a gente sabe que vivemos no planeta Água, maltratado em suas fontes, em suas florestas, em busca de um progresso não sustentável. 

           Uma pessoa do povo, indignada, entrevistada na tevê local, reclama:

           - Sem comer a gente vive por alguns dias, mas sem beber, morre-se de sede rapidinho.
          Quais são as fontes da água?  O mar, primeiramente; o oxigênio das plantas; a terra, que a acumula no fundo de seus lençóis; o ar com seu oxigênio. Resumindo: mares, rios, fauna e flora, terra e ar.  Enfim todo o planeta é envolvido por água ou propicia a sua conservação e circulação, em forma de chuvas, ondas, ventos... 

       Impressionado com um artigo da Profª Teresinka Pereira, brasileira, integrada ao grupo latino que vive nos Estados Unidos, apresento ao leitor os seguintes tópicos: “Cerca de 400 milhões de hectares da floresta amazônica vão ser inundados, matando toda a vegetação, toda a riqueza e variedade de fauna e flora, para a construção da barragem de Belo Monte, no Pará. O cacique da tribo Caiapós chorou, vi pela televisão, no momento em que soube da aprovação definitiva do projeto da barragem.”

        Recentemente, os Estados Unidos, através da NASA, mandou objetos ao planeta Marte, em missão exploratória. Sabe-se que há o interesse desinteressado da ciência, em quase todas suas pesquisas, senão deixaria de ser ciência. Mas, infelizmente, os cientistas trabalham a serviço de políticos e administradores do Estado.  Quanto a Marte - aquela grande bola vermelha girando no céu de Deus - os mandões da Terra têm o grande interesse já demonstrado em encontrar água e vida lá, como cá, além de outros materiais que possam por enquanto ser utilizados aqui.

        Que “porcaria” (com desculpa pela ofensa que fazemos aos nossos suínos) será que existe na cabeça desses grandes homens de empresa e do Estado, não dando a menor atenção ao que está acontecendo aqui e agora?  O grande buraco na camada de ozônio na nossa atmosfera, o derretimento do gelo nos dois polos, o aquecimento do clima na terra, a criação de mais desertos com o desmatamento, enfim com todos esses desmantelos que eles fazem com nosso pobre planeta (ainda azul)?

          Já propus, algumas vezes, que a Prefeitura de Teresina, a “Cidade (ainda) Verde”, cobrasse dos seus habitantes que derrubam árvores na calçada (passeio) ou nos quintais e jardins uma multa grande e ainda se tornassem obrigados a plantar uma boa quantidade delas às margens dos rios, ao longo das avenidas (canteiros centrais), nas praças, parques e jardins e noutros lugares que possam ser indicados, para suporte, ainda que no futuro, de um verde que amenize nosso calor, que alimente o nosso solo com água para substituir a já poluída dos rios. 

         Todos os políticos prometem trabalhar, despoluir o Parnaíba e o Poti, nossos dois grandes rios, mas só fazem prometer: não levantam uma palha. Seguem o exemplo da política geral do país para transformar tudo que é floresta nativa em campos de criação de gado e plantação de soja, produtos oferecidos ao exterior a preço de banana, pois quem estabelece esse preço é o mercado – e ele (Estados Unidos e Europa) domina essa coisa imprecisa, impura, agressiva, sem alma, que se chama dinheiro, economia, finanças, et caterva.

          Enquanto, assim, a água e a vida vão minguando, embora “eles” digam que vivemos “no melhor dos mundos”. Mas estão loucos à procura de outro. Já foram à Lua – de lá nada aproveitaram. Agora é a vez de Marte.


          Bem que poderia não ser exatamente assim!
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 *Francisco Miguel de Moura - Escritor, membro da Academia Piauiense de Letras, mora em Teresina, Piauí - BR.

  

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